Raimundo Nonato Santos de Sousa


TRABALHANDO COM “GÊNERO” NAS AULAS DE HISTÓRIA: UMA POSSIBILIDADE DE REELABORAR POSTURAS E VISÕES ACERCA DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO



Considerações iniciais
É sabido que o eficaz ensino de História exerce uma notória contribuição na formação de cidadãos cônscios dos seus direitos e deveres na sociedade, uma vez que por meio do conhecimento adquirido com essa disciplina, o indivíduo em formação aprende a desnaturalizar o que lhe é apresentado como natural, reconhecendo com isso que tudo ao seu redor se trata de construções assentadas em intencionalidades. Além disso, é também com a História que os alunos apuraram a sua criticidade frente às situações, com as quais se deparam no cotidiano.

Com isso, percebe-se que não existem dúvidas a respeito do valor prático do estudo da História. Não obstante, é igualmente perceptível que esse valor somente é descortinado mediante um trabalho substancialmente proveitoso com essa disciplina escolar.

A respeito disso, o emprego nas aulas de História de metodologias, ferramentas pedagógicas e propostas diversificadas, que permitem aos estudantes exercitarem sua faculdade de raciocínio e seu senso crítico são fundamentais, não somente para a compreensão dos assuntos estudados, mas também para ajudar aos discentes a encarar a disciplina História como um recurso que estimula, antes de tudo, o ato de pensar e de problematizar a realidade.

Nesse sentido, cabe destacar que indubitavelmente uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos professores de História é dirimir o caráter pejorativo que paira sobre essa disciplina, e consequentemente mostrar aos estudantes que a História não é somente o estudo do passado, mas que ela faz parte do presente e também o engloba no seu estudo, dialogando, em função disso, com essas duas temporalidades.

Promover essa reversão de ótica acerca do ensino dessa disciplina, sem nenhuma duvida, é essencial, porque quando a História é vista pelos alunos como necessária, ela não só propicia a eles aprenderem sobre o passado, mas também os ajudam a fazer reflexões sobre seu cotidiano. Reflexões estas, que são essenciais para sua vida em sociedade. 

Nessa perspectiva, o objetivo primordial desse texto é promover o incentivo à transposição do conhecimento de cunho histórico do campo das ideias para o campo prático a fim de favorecer com isso não apenas a eficácia do processo de ensino- aprendizagem nessa disciplina, como também o reconhecimento, por parte dos alunos, a respeito da importância da História em nossas vidas. Para tanto, optou-se por sugerir a reflexão sobre gênero e trabalho, sob um viés histórico. Como indicação, os professores poderão propor para a turma a realização de uma análise sobre a participação da mulher na esfera produtiva, a partir de uma perspectiva comparada, que poderá contemplar dois contextos históricos e geográficos distintos, como por exemplo: a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), na Europa, e o século XXI, no Brasil.

Falando sobre gênero nas aulas de História
“Gênero” se refere a um tema transversal, que pode facilmente ser trabalhado pelos professores de História em sala de aula, desde que, evidentemente, haja a preocupação de articulá-lo com os eixos temáticos próprios desta disciplina.

Nesse sentido, as possibilidades de trabalho, de fato, são inúmeras. Dentre elas, pode-se falar, por exemplo, da atuação das mulheres no mercado de trabalho e das implicações sociais e culturais geradas por essa atuação, relacionando esse fato a um episódio similar ocorrido em algum momento do passado, buscando com isso, apreender semelhanças e permanências, bem como desconstruir estigmas e conceitos pré-elaborados.

Sobre a questão apontada, não há dúvidas de que o ingresso das mulheres no mercado de trabalho se configura, sobretudo na atualidade, em um tema, verdadeiramente, dotado de grande importância social e histórica, que, em consequência, o torna merecedor de profícuas investigações, análises e debates, especialmente no âmbito escolar.

Isso pode ser afirmado por pelo menos dois motivos. O primeiro está umbilicalmente relacionado às consequências produzidas por esse ocorrido. Quando as mulheres começaram a adentrar no espaço público de trabalho, as relações sociais, as moralidades femininas, assim como o paradigma familiar sofreram fortes impactos e significativas alterações (CASTELO BRANCO, 2005).

A partir daí, as mulheres adquiriram independência financeira em relação ao seu progenitor ou marido; começaram a questionar as normativas que, desde há muito, disciplinavam seus corpos, comportamentos e desejos; como também, passaram a decidir espontaneamente quando iriam se casar, quando teriam filhos e quantos filhos teriam.

Já o segundo motivo se refere à discriminação de gênero ainda existente em nossa sociedade, corporificada não somente nas desigualdades salariais, como também nos cargos ocupados por homens e mulheres na esfera produtiva (PROBST, 2003).

Por que falar de gênero na escola?
No que concerne à necessidade de falar de “gênero” na sala de aula, é oportuno destacar que nos últimos anos tem-se percebido um esforço cada vez mais crescente da sociedade em discutir questões que gravitam entorno desse tema, por intermédio das suas instituições sociais, como por exemplo, a escola.

Inegavelmente, a atuação desta instituição na efetivação dessa tarefa é fundamental, já que a escola é o local, em que se inicia a socialização dos indivíduos no ambiente exterior ao contexto doméstico, bem como a construção da sua cidadania.

Além disso, não se pode perder de vista o fato de que se trata de uma responsabilidade da escola, enquanto instituição preparadora para a vida em sociedade, combater e dirimir os preconceitos e as discriminações, independentemente da sua natureza, que ainda perduram.

Assim, guiada por esse princípio, esta instituição precisa falar sobre questões como as desigualdades entre os gêneros na esfera do trabalho, porque caso contrário, ela poderá está contribuindo, mesmo que indiretamente, para a preservação de ideais preconceituosos, por está formando futuros reprodutores deles.

Desse modo, reconhece-se que a escola na contemporaneidade precisa se preocupar também com a educação social dos alunos, além da instrução formal, buscando propiciar aos discentes a assimilação de valores muito necessários para a boa vivência em sociedade. Assim sendo, nota-se que se tivermos uma escola preocupada verdadeiramente com a boa formação social dos alunos, seguramente alcançaremos uma sociedade mais humana, na qual o respeito se mostrará imperante e prioritário nas relações sociais estabelecidas pelas pessoas.

Nesse sentido, é constatável que o empenho audaz de professores em elaborar e aplicar propostas curriculares ou atividades pedagógicas que possam fermentar a reflexão sobre temas como este, é realmente muito vantajoso, porque permite aos docentes atuarem de maneira mais significativa na formação social dos educandos, o que por sua vez, ajudará a estes desenvolver respeito para com a alteridade do outro (SILVINO, HENRIQUE, 2017).

Apontamentos sobre a condição da mulher
Para tornar compreensível a relação entre “gênero e trabalho” ora proposta, é preciso, de inicio, dissertar sobre os espaços que foram ocupados pelas mulheres ao longo da história do mundo ocidental, a fim de que possamos perceber os papéis sociais atribuídos a elas nas ditas sociedades ocidentalizadas.

Vasconcellos (2005, p. 23) nos diz que as mulheres durante muito tempo viveram “reclusas no mundo doméstico, circunscritas ao silêncio do mundo privado“. Assim, sujeitas à dominação masculina às mulheres eram destinadas apenas as tarefas domésticas, de forma que a participação delas na sociedade adquiria expressividade somente nos limites do lar.

Inclusive, costumava ser apregoado que as responsabilidades de cuidar do marido, da casa e dos filhos, eram delegações dadas por Deus às mulheres. Por este motivo, elas precisavam ser zelosas, trabalhadoras e cônscias da sua condição subjugada em relação à autoridade do homem, já que era algo predeterminado (FREIRE, 2009).

Logo, as mulheres eram impedidas de trabalhar fora das fronteiras, quase intransponíveis, do espaço privado-doméstico. E se porventura, elas transgredissem tal normativa, impiedosamente a sociedade, defensora dos “bons costumes”, se encarregava de castigá-las com denominações desdenhosas e acusações moralistas, já que a transgressão feita era encarada como uma conduta socialmente reprovada (PRIORE, 1997).

Contudo, as mulheres não desistiram. Por esse motivo, contrariando a lógica tradicional, que impunha aos homens a responsabilidade de atuar como provedores e mantenedores do lar, as mulheres deslocaram sua atuação do âmbito doméstico para o espaço público (PRIORE, 1997).

Apesar disso, infelizmente, elas ainda hoje, em pleno limiar do terceiro milênio, continuam sendo vitimadas por tratamento discriminatório referente à qualidade das suas ocupações e por desigualdades salariais, mesmo quando ocupam o mesmo posto ocupacional que os homens na esfera pública do trabalho (MAIA, LIRA, 2004).

Cabe destacar ainda nesse aspecto, que geralmente usa-se, para tentar inibir a inserção da mulher no mercado de trabalho, o argumento de que uma mulher empregada representa um pai de família desempregado. E como o trabalho desempenhado por ela é visto como menos importante, ele é o mais desprezado. Além disso, advoga-se também, que as mulheres podem ganhar um salário menor em relação aos seus colegas, já que a sua renda visa apenas complementar o orçamento da família, que tem nos proventos do marido sua maior fonte.

Tal situação desfavorável está sustentada na sobrevivência da concepção de que a mulher é naturalmente encaminhada para os serviços do lar e não para os setores produtivos do mercado. Isso explica porque elas são desde muito cedo levadas a acreditar que sua função maior seja cuidar e não prover.

A mão- de-obra feminina no contexto da Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

Costuma-se dizer, com razão, que a Primeira Grande Guerra (1914-1918) foi um conflito mundial e total. Mundial, porque envolveu muitos países ao redor do globo. E total, porque os participes dela não foram apenas os militares, mas também a população civil, que na sua grande maioria não tinha nenhum preparo físico, psicológico e nem tampouco estratégico para atuar na guerra (CÁCERES, 1996).

No desenrolar desse conflito armado, muitos homens foram enviados para os campos de batalhas para lutarem nas trincheiras, com a finalidade de deter os avanços das potências inimigas. Eles receberam convocações acompanhadas de garantias, que os fizeram se disponibilizar a participar.
Na fase inicial do ocorrido, acreditava-se que após o término da I Grande Guerra, o mundo se tornaria um lugar seguro e melhor, no qual a ameaça de outro conflito, de grandeza similar, não seria uma ameaça real. Desse modo, impelidos por essa crença, pelo patriotismo e também pelo desejo de proteger seus familiares, esses homens, muitos dos quais eram chefes de família, optaram por deixar a segurança dos seus lares e foram para a guerra, lutar em nome da sua nação e do seu povo. 
Uma das principais consequências da Primeira Guerra Mundial foi o envio de mulheres, geralmente das classes média e baixa, para trabalhar nas fábricas, em substituição dos seus maridos que se encontravam nas trincheiras. Nas fábricas, elas se encarregam da produção de conchas de artilharia, máscaras de gás, tanques, navios, aviões e munições, que seriam usados pelos combatentes (MALUF; MOTT, 1998).
Já as mulheres residentes no campo ficaram responsáveis pela produção agrícola e pela criação de animais. Enquanto que aquelas que moravam nas cidades foram trabalhar com transportes dirigindo ônibus e caminhões, além de ocuparem as indústrias, inclusive as do ramo bélico (MALUF; MOTT, 1998).
Assim, ocupando os espaços que antes eram de seus maridos, as mulheres assumiram diversos papéis na esfera produtiva dos países envolvidos na Guerra, muito embora elas ainda ganhassem salários menores do que seus colegas homens que exerciam funções equivalentes.
Após 1918, com o fim do conflito, muitas destas mulheres foram demitidas das suas profissões, em função do retorno dos sobreviventes da guerra às suas antigas funções. Em contrapartida, devido à violência do episódio, muitos dos combatentes nem voltaram porque morreram, e aqueles que conseguiram retornar, se encontravam mutilados, e por isso, eles estavam impossibilitados de dar prosseguimento às suas atividades laborais. Isso ampliou ainda mais a margem para a manutenção das mulheres na esfera produtiva (MALUF; MOTT, 1998).
Desse modo, apesar das angústias e sofrimentos, a Primeira Guerra Mundial trouxe às mulheres a possibilidade de alcançar conquistas que muito contribuíram para a emancipação feminina no mundo do trabalho.

Mulheres trabalhadoras no Brasil

No Brasil, as mulheres começaram a protagonizar uma atuação expressiva no mercado de trabalho a partir dos anos 70 do século XX. Seguramente, tal fato se configurou em uma das mais significativas características desta década, haja vista que o ocorrido sinalizava a necessidade de se redefinir os sentidos da imagem social da mulher mantidos até então, como também o crescimento no índice de participação feminina na esfera produtiva (MAIA, LIRA, 2004).

Dentre as razões existentes que nos ajudam a compreender este fenômeno, pode-se mencionar aquela que possivelmente é a mais explicativa: a carência econômica que pairava sobre muitos dos lares brasileiros na época. Isso é apoiado por Leone, que reconhece que as condições econômicas podem exercer uma importante contribuição na intensificação da participação da mão-de-obra feminina no mercado, como uma espécie de estratégia para burlar a ameaça do empobrecimento (LEONE, 1997).

Partindo desse postulado, de fato, não é difícil demais entender que a exiguidade dos salários pagos, e consequentemente, a dificuldade de custear as despesas domésticas, podem ter feito com que as mulheres se sentissem impulsionadas a atuar, de maneira extensiva, no mercado de trabalho, com o intento de complementar a renda da família com os proventos oriundos do seu emprego.

Sugestão endereçada ao professor de História
Após a apresentação do que se definiu como objeto central desse texto, segue-se a proposição que tem por finalidade apresentar alguns possíveis meios de como executar a articulação entre os temas: gênero, trabalho e ensino de História.

Após apresentar a proposta de trabalho para os alunos, junto com uma contextualização histórica acerca do tema, os professores de História poderão iniciar um debate com a turma a partir das seguintes questões:

a.    Será que as mulheres, durante a I Guerra Mundial, queriam realmente adentrar no mercado de trabalho para serem independentes do ponto de vista financeiro? Ou elas foram levadas pelas circunstâncias a trabalhar fora do espaço privado-doméstico?

b.    Será que no Brasil as mulheres trabalham por que querem ou por que precisam?

c.    É realmente justo a mulher ganhar um salário inferior ao do homem, apesar dos dois ocuparem o mesmo posto de trabalho, como acontecia na época da Primeira Guerra Mundial?

d.   As mulheres tem potencial para assumir espontaneamente cargos de alta responsabilidade no mercado de trabalho? Ou elas podem fazer isso apenas na ausência de homens capacitados?

e.    Por que durante muito tempo, as mulheres foram desencorajadas a trabalhar fora de casa?

f.     As mulheres realmente são “sexo frágil”?

g.   O trabalho da mulher é, na realidade, importante para as famílias e para a sociedade?

h.   Por que as mulheres foram descriminadas porque queriam ter seu dinheiro através do seu próprio trabalho?

i.     Será que hoje as mulheres podem ter um emprego formal?

j.     As mulheres podem ser consideradas inferiores aos homens?

k.    Quais são os lugares que as mulheres podem ocupar na sociedade?

l.     O trabalho da mulher é valorizado nos dias de hoje?

m.  Quais são as dificuldades que as mulheres enfrentam na atualidade por trabalharem fora de casa?

n.   No mercado de trabalho, as mulheres podem subordinar os homens?

o.    Será que hoje a sociedade está mais afeita a disposição das mulheres em trabalhar fora do espaço privado-doméstico?

p.    Será que o desejo das mulheres em ingressar no mercado de trabalho significa que elas querem necessariamente se opor aos homens ou se mostrar superiores a eles?


Isso feito, os professores poderão ainda propor para os alunos fazerem um levantamento, em sua família e na sua vizinhança, a respeito das mulheres que trabalharam fora de casa. Eles poderão levantar informações sobre:
a)   O nome;
b)   A idade;
c)   A escolaridade;
d)   A profissão;
e)   A duração da atuação profissional;
f)    E os desafios enfrentados por essas mulheres no mercado de trabalho.

Assim, esse exercício de investigação terá por finalidade fazer com que o debate teórico seja refletido pelos alunos a partir de exemplos do cotidiano deles.

Considerações finais
Dessa maneira, a proposta deste texto é a de evidenciar que o trabalho com a temática “desigualdades entre homens e mulheres nos postos de trabalho” durante as aulas de História, é não só possível, mas também muito pertinente, a fim de que tais desigualdades possam ser historicizadas, compreendidas e consequentemente desnaturalizadas (CISNE, 2015, p. 85-86).

Ressalta-se, ainda, que a preocupação de propor uma análise histórica sobre a relação “gênero e trabalho”, repousa sobre o fato de que, notadamente a compreensão histórica dos fenômenos, nos ajuda a enxergá-los não como fatos de causalidade natural, mas sim como construções culturais derivadas de um contexto histórico especifico.

Por fim, acredita-se que a proposta ora apresentada seguramente ajudará evidenciar o valor prático do estudo da História, assim como promoverá a problematização de estigmas e pré-conceitos em sala de aula, e ainda incentivará o respeito nas relações sociais, ajudando consequentemente os alunos a internalizar com mais facilidade o dever de respeitar as mulheres que buscam sua independência na sociedade através do seu emprego. E por certo, o respeito é um dos alicerces fundantes de uma sociedade igualitária de direitos, que desde há muito buscamos alcançar através da educação.



Referências:
Raimundo Nonato Santos de Sousa é Acadêmico do 6 período do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, pesquisador-bolsista PIBIC/FAPEMA e pesquisador-colaborador UNIVERSAL/FAPEMA.

CISNE, Miria. Gênero, divisão sexual do trabalho e Serviço Social. 2. ed. São Paulo: Outras expressões, 2015.         

CASTELO BRANCO, Pedro Vilarinho. Mulheres Plurais. Teresina: Edições Bagaço, 2005.

CÁCERES, Florival. História Geral. 4 ed. São Paulo: Moderna, 1996.


FREIRE, Maria Martha de Luna. Mulheres, mães e médicos: discurso maternalista no Brasil. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.

LEONE, E. O perfil dos trabalhadores e trabalhadoras na economia informal. Campinas, IE-Cesit, 2007 (Texto encaminhado para a OIT – Brasil).
MAIA, Katy; LIRA, Sachiko Araki.  A mulher no mercado de trabalho.  IPEA <www.ipea.gov.br/seminários/artigo11>. Data de acesso: 22/01/2019.

MALUF, Mariana; MOTT, Maria Lúcia. Recônditos do mundo feminino. In: NOVAIS, Fernando A; SEVCENKO, Nicolau (orgs). História da vida privada no Brasil: República: da Bélle Époque à era do rádio. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
PRIORE, Mary Del e BASSANEZI, Carla. História das mulheres no Brasil. 2. ed.São Paulo : Contexto, 1997.

PROBST, E. R. A evolução da mulher no mercado de trabalho. Disponível em: <http://www.icpg.com.br/artigos/rev02-05.pdf>. Acesso em 28 abr. 2018.

SILVINO, Dariana Maria; HENRIQUE, Tázia Renata Peixoto. A importância do ensino de história local dentro da disciplina de história para a formação da identidade dos alunos; XIII Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 2013.

VASCONCELOS, Vania Nara Pereira. A perspectiva de gênero redimensionando a disciplina histórica. Reviata Ártenis, n. 03, dez. 2005. P.02.


5 comentários:

  1. Parabéns pelo trabalho e por essa temática tão instiga!

    É indiscutível que a História das Mulheres vem ganhando espaço e importância na História, já que as mulheres passam a ser entendidas como sujeito histórico. Isso tem gerado ainda mais debates acerca da temática. Mas ainda caminhamos a passos lentos rumo a uma desconstrução de ideias e falas que envolvem as discussões de gênero. De certo modo a escola tem papel fundamental nessa discussão. Sendo assim, você acredita que os professores tem se preocupado em discutir tais questões em sala de aula, ou produzir atividades que tragam os alunos a refletir e exercer sua criticidade? Ou ainda temos isso como uma utopia longe de ser alcançada?

    MARCIELE SOUSA DA SILVA

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    1. Boa tarde, Marciele Silva. Agradeço as palavras.
      Acredito que sim. Há hoje essa preocupação por parte de muitos professores em discutir questões relacionadas a gênero em sala de aula com o intuito de desconstruir estigmas e pré-conceitos. Afirmo isso, porque tive a alegria de acessar alguns relatos de professores que desenvolveram projetos nesse sentido. Também percebo que a escola hoje está mais disposta a debater sobre esse assunto. O texto que apresentei nessa mesa, por exemplo, é parte de um projeto que desenvolvi em uma escola pública da cidade de Caxias-MA. Lembro-me que quando fui apresentar a temática para a diretora e a coordenadora pedagógica da escola, elas ficaram muito empolgadas com a relevância social do tema. A mesma reação foi esboçada pelo professor que deu auxílio na aplicação do projeto. Então, percebo que temos avançado nesse sentido. É claro que reconheço que ainda existe muito a ser feito. Por isso, optei por apresentar o texto na forma de proposição, para que outros professores possam ver que tratar de gênero nas aulas de História, não é só possível, mas também é necessário.

      Raimundo Nonato Santos de Sousa

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  2. olá, ótimo trabalho!
    Sobre o que você citou no seu texto na parte das considerações iniciais "o ato de pensar e de problematizar a realidade", acredito que o historiador enquanto professor tem a função de instigar seus alunos a problematizar os conteúdos, para que eles não se tornem apenas um depositário de ideias para que possam também construir e desconstruir conceitos, o tema por você abordado é fundamental para a época em que estamos vivendo, onde cada vez mais as mulheres conseguem alcançar seus objetivos, mesmo que com passos lentos por conta da sociedade em que está inserida.Na sua opinião qual o impacto desse assunto nas escolas através dos alunos, como eles recebem isso?

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    1. Boa noite. Obrigado pelas palavras.
      Eu diria que eles recebem esse assunto com entusiasmo, justamente por perceberem que esse tema está em voga na sociedade de hoje.

      Raimundo Nonato Santos de Sousa

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