Paula dos Reis Moita


HETERONORMATIVIDADE E MASCULINIDADES:
RELAÇÕES DE GÊNERO, RELIGIÃO E EDUCAÇÃO NO TERREIRO DE UMBANDA



Apresentação:

“Sou feita de retalhos. Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma. Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.” (Cora Coralina)

Mulher, Umbandista, Carioca, professora, mãe, são muitos os lugares de fala.

Ocupar os espaços de formação, dentro e fora da academia, no contexto de busca por uma educação como prática de liberdade e pela qualidade do ensino em seus diversos níveis, torna-se fundamental para a concretização de uma educação pautada no processo de autoria  dos indivíduos é uma das ambições que tenho neste trabalho.

Praticante da Umbanda há quase três décadas. Meu encontro com a Umbanda aconteceu em 1993 desde então vivo e prático os ritos e preceitos da Umbanda cotidianamente em todos os espaços de minha vida.

No curso da construção da pesquisa de mestrado e sua interseção com outros espaços na academia, algumas inquietações entrelaçando religião e educação forma sendo despertadas.

No ano de 2016 participei de pesquisa gênero, sexualidades e masculinidades em instituições socioeducativas, foi possivel observar durante as visitas de campo as relações e influências da ação das instituições religiosas que tem acesso as unidades socioeducacionais nas relações de gênero e sexualidades tecidas no cotidiano deste espaço, e como a religião contribui ou não para perpetuação/reprodução de conceitos e pré-conceitos nas relações de gênero deste local. Em continuidade aos estudos sobre  gênero e masculinidades passei a intregar o grupo de pesquisa denominado laboratório de Estudos de Gênero, Educação e Sexualidades (LEGESEX) da Universidade Federal Rual do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Tais observações e dsicussões me  conduziram a  relações e inquietações relacionando as vivências dentro do terreiro de umbanda Centro Espírita Justiça e Amor - CEJA, com tensões que transitam e perpassam o questões  de  gênero, masculinidades e educação.

Numa breve análise histórica da concepção de sexualidade dentro  das religiões judaico cristãs é possivel identificar com facilidade a demonização dos relacionamentos homoafetivos e qualquer outra forma de sexulaidade que não esteja dentro dos padrões da heteronoramatividade. Tal forma de representação acaba por amplificar padrões e condutas discriminatorias e excludentes.

As religiões de de matriz afro brasileira, embora também sofram influências das tradições judaico cristãs,   trazem a priori em sua filosofia uma abertura a aceitação e a diversidade, tendo inclusive vasta gama de publicações liturgicas amparado tais concepções. Entretanto incontáveis vezes ainda é possível identificar no cotidiano do terreiro de umbanda o pensamento colonial, patriarcal, heteronormativo, excludente e que influência e perpetua processos de exclusão e discriminação no que tange questões de gênero e masculinidade.

Silva (2008) em seu artigo O OLHAR DAS RELIGIÕES SOBRE A SEXUALIDADE, constrói um breve panorama histórico sobre o impacto das concepções de sexualidade através dos tempos e espaços, destacando o impacto e a força das religiões na constituição dos sujeitos. “A religião tem para os seres humanos uma importância significativa. Seja qual for à crença, não podemos ignorar que ela tem exercido forte influência sobre o comportamento e consequentemente, sobre a sexualidade humana. É de grande utilidade ter noções sobre a sexualidade na visão da religião numa perspectiva histórica, de forma a facilitar o conhecimento em relação a seus valores, problemas, medos, conflitos, entre outros.”

A Umbanda, religião que tem por principio a manifestação do espírito para a prática da caridade, traz como um dos princípios fundamentais de sua  constituição a acolhida a diversidade. Recentemente no ano de 2016 foi reconhecida como patrimônio imaterial do Rio de Janeiro através de Decreto municipal.  É considerada por adeptos e pesquisadores uma religião genuinamente brasileira e que tem como cerne a acolhida a diversidade..

Sua  fundação no plano físico foi anunciada através da orientação do  plano espiritual no Brasil em 15 de novembro de 1908 e é motivada pela dificuldade que algumas falanges de espírito encontravam à época para poderem se manifestar em religiões e cultos já existentes por estes os considerarem “atrasados” e/ou” “inferiores”.

Apesar de algumas congruências no culto a espíritos através da mediunidade, os cultos africanos e indígenas sofreram grande discriminação por parte dos kardecistas, Kardec nunca escreveu diretamente nada a respeito da suposta inferioridade espiritual de qualquer povo ou etnia, entretanto, para esta distinção faziam uso da visão evolucionista do autor, quando este define as diferenças entre povos bárbaros e civilizados.

Defendiam, portanto, que índios e negros deveriam aceitar a superioridade espiritual e cultural da população ocidental e entendê-la como um objetivo ideal, caso desejassem evoluir espiritualmente, chegando ao absurdo de definir a escravidão como “um fenômeno social de imposição cármica”.

Carma, segundo as religiões que creem no processo de reencarnação e nas múltiplas vivencias do espírito, significa Lei da Retribuição, de Causa e Efeito, Ação e Reação.

Tal concepção não legitima a subjugação de povos e culturas inteiras em hipótese nenhuma, muito menos para  fins de dominação em qualquer aspecto.

Delegar ao processo cármico coletivo a questão da escravidão é deturpar os conceitos filosóficos religiosos a fim de encobrir o projeto de dominação e apagamento epistemológico implícito nas sociedades escravocratas e ampliar os espaços de pensamento abissal legitimando ainda mais o projeto colonizador e silenciador de corpos.

Boaventura, nos convida a reflexão desse tipo de projeto hegemônico excludente e subalternizador implícito nas afirmações acima, conforme citação a seguir:
“O colonialismo, para além de todas as dominações por que é conhecido, foi também uma dominação epistemológica, uma relação extremamente desigual de saber-poder que conduziu à supressão de muitas formas de saber próprias dos povos e nações colonizados, relegando muitos outros saberes para um espaço de subalternidade” (SANTOS; MENESES, 2010).

O trecho do livro Epistemologias do Sul citado acima ilustra com transparência o projeto hegemônico e subalternizador contido na justifica do processo de escravidão pela via de conceitos religiosos. Assim como ocorre inúmeras vezes em relação as questões de gênero e masculinidades.

Nesse contexto, identificar ainda na atualidade dentro do terreiro de umbanda narrativas de médiuns que sofrem perseguição e preconceito devido a sua orientação sexual denuncia o quanto a heteronormatividade impreguina esses espçaço, mesmo sendo uma postura contraditória as principios filosoficos da citada religião. Foucault (1988, p.16), contribui para reflexão dos caminhos trilhados nessa construção e perpetuação de conceitos, preconceitos e condutas a cerca das masculinidades ao questionar:

“Sob que formas, através de que canais, fluindo através de que discursos o poder consegue chegar às mais tênues e mais individuais das condutas. Que caminhos lhe permitem atingir as formas raras ou quase imperceptíveis do desejo, de que maneira o poder penetra e controla o prazer cotidiano.( Foucault,1988, p.16)

Neste diapasão, o filósofo almeja conhecer as vias que autorizam a interferência do poder-saber na sexualidade dos sujeitos, controlando os seus corpos de modo eficaz, impedindo-os de seguirem as suas próprias pulsões ou os seus impulsos biológicos. Para ele, “a relação de poder passa por nossa carne, nosso corpo, nosso sistema nervoso” e “a psicanálise, tal como é feita atualmente, a tantos cruzeiros por sessão, não dá margem a que se possa dizer: ela é destruição das relações de poder” (Foucault, 2002, p.151). Consequentemente, a sexualidade do indivíduo está à mercê dos poderes discursivos das ciências, os quais controlam os desejos e os corpos dos sujeitos.”           ( Carvalho, 2017)

Partindo de questões históricas, sociais e culturais que permeiam a  construção do paradigma heteronormativo na sociedade, pretendo investigar a influência desse modelo de sociedade nas religiões de matriz africana e na forma como estas  se relacionam com as masculinidades no cotidiano de suas comunidades religiosas e o quanto isso tem implicações no reforço de posturas excludentes na educação formal não escolar.

Entende-se para fins desse estudo a educação conforme descrito na Lei de diretrizes e Bases da Educação Brasileira em seu artigo 1º:
“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.”

Portanto a educação em analise nesta pesquisa é aquela que se desenvolve dentro do espaço religioso e se estende para outras instâncias de convivência humana.

A pesquisa tem por Objetivo principal analisar as relações de gênero, religião e educação formal não escolar a partir do Terreiro de Umbanda, buscando investigar especificamente como se consolidam questões e demandas das masculinidades e as quais influências da heteronormatividade nesse sentido.

Os Objetivos específicos são:

Ø  Investigar a influencia das religiões na construção das relações de gênero e sexualidade da sociedade, através de uma análise dessas concepções nas  liturgias ocidentais e nas religiões de matriz africana.
Ø  Caracterizar a presença/participação e o lugar da mulher  dentro do Terreiro de  Umbanda
Ø  Estabelecer relações entre heteronormatividade e sua influência nas questões relativas as masculinidades dentro do Terreiro de Umbanda
Ø  Problematizar como as concepções de gênero e masculinidades fomentadas no âmago das religiões de matriz africana interferem ou influenciam na Educação formal não escolar.

Referencial

“Por um mundo com mais empatia. Bom senso. Respeito. E boas palavras. Que a gente se coloque mais no lugar do outro e pense bem antes de falar (ou escrever). É sempre bom lembrar que existe um mundo inteiro dentro de cada um. E tocar nesse solo sagrado é um ato de responsabilidade. QUE SEJAMOS SERES HUMANOS MAIS HUMANOS.” (Autor desconhecido)

O presente projeto de pesquisa traz como referenciais teóricos principais os estudos de Foucault, Jonas Alves, Boaventura, Rogério Diniz e Stuart Hall, no que tange aspectos de dominação e apagamentos dos corpos e das epistemologias outras dentro da discussão de gênero, masculinidades e identidades e Marta Ferreiro nos estudos da relação de terreiro e educação.

Foucault (1989),  em sua obra  a Microfísica do poder , afirma que o poder se gera e concretiza  em uma gama ampla de relações pessoais desde as quais se leva a constituir estruturas  que regem nossa percepção. Ao analisamos os discursos identificamos  normas implícitas e explicitas que  constroem mecanismos que possibilitem que padrões e relações de poder se  estruturem e se reproduzam.

O poder acaba por materializar-se através de diferentes formas de regulação de conduta. Tais regulações  passam a integrar de forma quase natural parte do próprio ser de cada indivíduo e o dominado (silenciado) acaba por considerar natural ser subjugado. O poder produz o real. Por possuir essa eficácia produtiva, o poder volta-se para o corpo do indivíduo, não só com  a intenção de reprimi-lo, mas de adestrá-lo.

Ao longo da história da humanidade a religião por muito tempo ocupou majoritariamente esse espaço de regulação de poder, onde comportamentos e parâmetros são santificados ou condenados de forma ditar o que era legitimo ou não para os corpos e almas.
Embora essa influência direta da religião na regulação dos corpos seja menos evidente em algumas denominações religiosas, ela ainda existe e reflete em vários aspectos da sociedade, principalmente nas questões de gênero e masculinidades. Silva Jr (2010:21), a respeito disso, elucida:
“Na perspectiva instituída por Michael Foucault, a sexualidade é desvelada como um aparelho histórico de poder e , destarte, não se remete “ à realidade subterrânea que se apreende com dificuldade, mas à grande rede de superfície em que a estimulação dos conhecimentos, o reforço dos controles e das resistências,encadeiam-se uns aos outros,segundo algumas grandes estratégias de saber e de poder”(Foucalt,2007:100).

Compactuando-se com essa definição, pode-se assegurar que a concepção do conhecimento sobre sexualidade no Brasil é arrolado às estratégias e conveniências do poder de uma sociedade pós-colonial e ainda escravista.

O termo gênero começa a ser utilizado por movimentos feministas no século XX buscando compreender desigualdades estabelecidas entre homens e mulheres, e com a finalidade de distinguir as dimensões biológica e social, destacando a dimensão histórica da construção do masculino e feminino e feminino em diferentes tempos e sociedades.

Apesar das diversas culturas definirem os sujeitos com homens e mulheres a partir de características biológicas desde seu nascimento, o conceito de gênero traz a essa discussão sob uma  abordagem social/cultural da relação entre os sexos e destaca que masculinidades e feminismos são produtos do contexto social e histórico e não resultado exclusivamente da anatomia de seus corpos. Analisar a construção dessas masculinidades nos terreiros de umbanda e os processos sociais, culturais e de poder que os regem é um dos desafios propostos nesse projeto.

Outra discussão importante para a pesquisa é a que tange os conceitos de  sexo e sexualidade, ambos tomados comumente como sinônimos. Sexo, segundo inúmeros autores, se refere ao aspecto fisiológico, na distinção entre homens e mulheres. Sexualidade tem uma abordagem mais ampla, estando ligada as diversas possibilidades de interações entre os indivíduos. Ampliando e elucidando  essa conceituação recorremos a Pereira e Silva Jr  (2016:4):
“A sexualidade é um conceito que têm em sua essência crenças, valores, relações e identidades que são construídas e vivenciadas social e historicamente. Neste sentido, é preciso argumentar e refletir sobre as questões sociais e políticas da sexualidade. Foucault (1993) trata deste conceito denominando "o corpo e seus prazeres", atribuindo uma relação de poder através do sujeito, seu corpo e sua sexualidade, uma vez que o corpo produz sentido.
O estudo da sexualidade vai muito além de questões inatas, de um pertencimento meramente biológico, de questões físicas somente. Existem regras, crenças, saberes e outras concepções que estão ligadas a sexualidade e que contribuem para as apropriações/desapropriações da sociedade quanto à perspectiva dos estudos voltados à sexualidade.”

O conjunto dessas regras, crenças, saberes e concepções ligados a sexualidade em nossa sociedade vem impregnados da heteronormatividade vigente e ainda predominante em nossa sociedade,  que define e molda modelos de comportamento e de corpos em diversas instâncias de convivência dos sujeitos, influenciando inclusive nos espaços de religião e educação.

Junqueira (2013), em seu artigo A Pedagogia do armário discorre com maestria a cerda desta questão, embora o ensaio verse sobre o cotidiano escolar, suas ponderações podem ser transpostas para outros espaços de convivência dos sujeitos e no quanto a heteronormatividade esta impregnada reforçando conceitos, pré-conceitos e processos de exclusão e de apagamento de corpos e identidades. Nas palavras do autor ele ...
“... busca refletir sobre as dimensões da heteronormatividade no cotidiano escolar que, impregnadas no currículo, relacionam-se a práticas de controle, vigilância e gestão das fronteiras da heteronormalidade, produzindo classificações, hierarquizações, privilégios, marginalização, desigualdades, que dizem respeito a todos, comprometem a garantia ao direito à educação de qualidade e comportam o exercício de uma cidadania mutilada.”

Ao propor analisar as relações de gênero, religião e educação formal não escolar a partir do Terreiro de Umbanda, refletindo e dialogando com o referencial teórico citado pretendo  investigar especificamente como se consolidam questões e demandas das masculinidades e as quais influências da heteronormatividade nesse espaço, a fim de que possamos ampliar espaços de discussão que possibilitem  mudanças nas relações de saber/poder  e o combate ao silenciamento historicamente constituído e corpos e identidades, principalmente no que tange as masculinidades.

Metodologia

A presente pesquisa traz uma abordagem de inspiração etnográfica, qualitativa, através de estudo de caso, sendo usado para a produção de indícios as entrevista aberta e  semiestruturada, observação participante, e revisão bibliográfica.

O Lócus de pesquisa será constituído de ao menos três terreiros de culto a umbanda, a fim de investigar como os espaços lidam com as questões de gênero e masculinidades dentro de sua praticas religiosas e educacionais.
As entrevistas serão direcionadas aos praticantes e membros do campo independente de orientação sexual destes.

Fonseca (2002), afirma sobre o estudo de caso que este  pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social.

Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico. O pesquisador não pretende intervir sobre o objeto a ser estudado, mas revela apresenta-lo tal como ele o percebe.

O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista dos participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa simplesmente apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador. Descrições que contemplam com primasia o estudo proposto no presente projeto.
“O estudo de caso é uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso particular ou de vários casos a fim de organizar um relatório ordenado e critico de uma experiência, ou avalia-la  analiticamente, objetivando tomar decisões  a seu respeito ou propor ação transformadora.” (CHIZZOTI, 2003)

Diante das afirmações acima, a investigação tem por metodologia o estudo de caso, que se dará  no âmbito das relações de gênero, religião e educação a partir do terreiro Umbanda, privilegiando para produção de indícios a observação participante, a entrevista em profundidade e a revisão bibliográfica.
André (2008), amplia as informações  sobre os instrumentos de produção de indícios privilegiados na pesquisa em curso, ratificando sua escolha nesse contexto:
“A observação é chamada de participante porque parte do princípio de que o pesquisador tem sempre um grau de interação com a situação estudada, afetando-a e sendo por ela afetado. As entrevistas têm a finalidade de aprofundar as questões e esclarecer os problemas observados. Os documentos são usados no sentido de contextualizar o fenômeno, explicitar suas vinculações mais profundas e completar as informações coletadas através de outras fontes.” (p.24.2008)

A metodologia desta pesquisa foi dividida em seis etapas – não lineares -, conforme descritas a seguir:

1ª etapa: Pesquisa documental e bibliográfica;
2ª etapa: Investigação das concepções de gênero e masculinidades como se dão essas relações através de vista de observação ao campo, ;
3ª etapa: Entrevistas individuais com os sujeitos do campo implicados diretamente com as questões de masculinidades investigadas nas pesquisas;
4ª etapa:  Transcrição das entrevistas e análise do material coletado, em diálogo com o referencial adotado.
5ª etapa: Descrição densa das práticas de relativas a heteronormatividade e masculinidades encontradas no Terreiro de Umbanda.
6ª etapa: Análise e discussão dos resultados.
As etapas buscarão compreender de forma mais ampla possível  a complexidade que é esse território das masculinidades e as relações de gênero, religião e educação.

Referências
Paula Moita é Mestranda em Educação UFRRJ



ANDRÉ, Μ. Ε. D. Α. . Texto, contexto e significado: algumas questões na  análise de dados qualitativos. Cadernos de Pesquisa, (45): 66-71.1983.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.
CARVALHO, Guilherme Paiva de / Aryanne Sérgia Queiroz de Oliveira. Discurso, poder e sexualidade em Foucalt  Ano 4 n. 11 Agosto - Dezembro 2017 p. 100 – 115
CHIZZOTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991.z
CORRAL, Janaina A. As Sete Linhas da Umbanda. São Paulo: Universo dos Livros, 2010
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
FOUCALT, Michel. História da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Gaal, 1988
FOUCAULT, Michel . Microfísica do poder. 8. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1989. Descritor(es):.
GEERTZ, C. (2008). A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Kooga
JUNIOR, J. A. d. S. (2010). Rompendo a mordaça: Representações de professores e professoras do ensino médio sobre homossexualidade. Universidade de São Paulo.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz. A pedagogia do Armário. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 7, n. 13, p. 481-498, jul./dez. 2013. Disponível em: <http//www.esforce.org.br
MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis:
PEREIRA, L. S. ; SILVA JR. JONAS ALVES DA . Preconceito e estranhamento: Apontamentos sobre o homem como docente na Educação Infantil. 2016
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. (Orgs.) Epistemologias do Sul. São. Paulo; Editora Cortez. 2010. 
SILVA, José Amilton da . "Olhares das religiões sobre a sexualidade". 2008. (Desenvolvimento de material didático ou instrucional - AOC - Objeto de Aprendizagem Colaborativa).
SPRADLEY, J. The ethnographic interview. Forth Worth: Hancourt Brace Jovanovich College, 1979.  


Um comentário:

  1. Interessante a sua pesquisa, professora!!! . Eu trabalho um pouco temáticas de religião desde uma perspectiva diferente: desde os objetos, entendendo estes como elementos que contribuem na construção de uma identidade religiosa, pois sou professora no departamento de design industrial de uma universidade na Colômbia, então a minha perspectiva é mais desde a história mesma dos objetos e a sua relação com as culturas.( cultura material) Não tinha pesando a relação com a religião para estudar gênero, que é outra das temáticas do meu curso... A senhora trabalha com entrevistas e observação, porém, acha que tem objetos da cultura material da umbanda que podem se trabalhar desde a religião, mas com uma perspectiva de género? Quais poderiam ser esses objetos particulares da religião?
    Maria Isabel Giraldo Vasquez

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