Laíne Soares Mendes


ESTUDOS DE GÊNERO NO MUNDO DA BELLE ÉPOQUE CARIOCA


 Introdução
O conceito Belle Époque, apesar de sua grafia francesa, é apresentado como um marco específico que iria do final do século XIX ao início do XX. Esse mesmo termo não daria conta de uma época de grandes mudanças políticas, culturais e sociais, e muito menos permitiria o engajamento dos espaços suburbanos. Mesmo assim, ele será o marco de uma época consagrada por tamanhas alterações em diferentes campos e em diversos países, sua presença neste trabalho será dar fundamento ao diálogo pretendido entre relações de gênero e o mundo do trabalho feminino.

A Belle ÉpoqueCarioca ou Belle Époque Tropical foi uma época de transição do Império para a República, na qual redimensionou a Capital Federal do Brasil, através de um processo civilizatório e excludente. Essa época enfatizava uma dimensão sociocultural, em prol dos novos tipos urbanos e da modernização dos costumes, evocando uma autoimagem da República como progresso. Na visão de Nicolau Sevcenko (2003:43), “A expressão ‘regeneração’ é por si só esclarecedora do espírito que presidiu esse movimento de destruição da velha cidade, para complementar a dissolução da velha sociedade imperial, e de montagem da nova estrutura urbana.” Rosane Feijão (2011:81) também coloca que esse processo teve como molde a vida parisiense em diversos aspectos, como: “desde a literatura, o urbanismo e a arquitetura até os costumes mais cotidianos, os gestos, as roupas.”

A incoerência dessa época era a constante presença de classes diferentes no mesmo espaço e tempo. Segundo Maurício Silva (2006), havia uma tamanha ambiguidade nesse período, um tempo considerado por ele, como uma era de contradições, onde o otimismo e a desilusão andavam lado a lado, temendo que a ordem estabelecida fosse afetada.

Sociedade e Modernidade
Os que pertenciam a alta sociedade carioca eram homens e mulheres brancos/as que se vestiam com sofisticação e se encontravam empolgados/as por uma disseminação de novos valores e lazeres. O “individualismo exibicionista” ou “smartismo” era o que fundamentava essa elite carioca a um culto de aparências. Naquele momento, o objetivo era se afastar de um passado retrógrado e escravista, apoiado em um projeto que estabelecia novos ares urbanísticos. De acordo com Feijão (2011:55), “Não se pode esquecer que o projeto da reforma e sua concretização aconteceram em um momento de afirmação de uma nova forma de governo: o Brasil tinha se tornado República havia pouco mais de uma década.”

Esse novo projeto visava a retirada dos casebres e dos cortiços situados no centro da Cidade, a fim de se construir uma nova paisagem, uma nova identidade, segregando os grupos sociais mais simples. Essa situação era tão paradoxal, pois ao mesmo tempo em que as políticas se mobilizavam contra tudo o que era considerado “popular”, concomitantemente, incorporavam sua cultura, integrando o “samba” como um símbolo cultural dessa nova identidade que se encontrava em plena formação.

Azevedo Neto (2011), aponta que para haver a criação desse novo Rio de Janeiro, o processo que o consagrou, levou quase vinte anos de obras, demolições e construções. A cidade precisou de quase duas décadas de reformas e mais reformas para se transformar, ou seja, não foi tão rápido, como era esperado. Azevedo Neto (2011) continua:

“De fato, obras executadas durante a administração de Pereira Passos com o arrasamento do Morro do Senado; a construção dos jardins da Praça Tiradentes; o calçamento da Rua do Ouvidor; a arborização da Praça XV de novembro; a construção das avenidas Beira-Mar e Central; a demolição do mercado do Largo da Carioca; a instalação de mictórios e relógios públicos e a ampliação do Paço Imperial, dentre outras realizações, tornaram-se emblemas do processo de modernização do Rio de Janeiro. Porém, as reformas urbanas, além de serem motivos de encanto entre os homens de letras da época, foram também alvos de críticas e denúncias – devido a seu caráter autoritário e excludente – tanto através de manifestações de ódio popular, quanto de opiniões externadas na pequena imprensa por jornalistas dissidentes. (AZEVEDO NETO, 2011:44).”

As transformações da Cidade sofreram influências diretas do planejamento realizado pelo Barão de Haussmann em Paris nos anos de 1870 e 1880. O intuito dessa elaboração, financiada pelo Presidente Rodrigues Alves em 1903 e organizada pelo engenheiro e prefeito Pereira Passos, era higienizar a sociedade, física e moralmente, estruturando arquitetonicamente a Cidade do Rio, na expectativa de se conceber um Brasil moderno e progressista, marcado pelo triunfo dos Republicanos.  Del Priore (2013:215), aponta que “é do início da República, no qual as cidades trocavam a aparência paroquial por ares cosmopolitas; nelas, misturavam-se imigrantes, remanescentes da escravidão e representantes da elite. Nesse cenário, nascia uma nova mulher.”

Gênero e Mundo do Trabalho
A introdução de gênero favoreceu o surgimento de uma nova perspectiva de reflexão, de uma nova ferramenta analítica, para averiguar determinados pontos da história que se encontravam questionados. Trabalhar com gênero é compreender que há um sujeito e que o mesmo se encontra em um processo constante de construção, tornando-se uma ferramenta importantíssima para o ensino de história.

A história das mulheres é percebida como ponto de partido para o uso dessa categoria. Para Scott (1995), não tem como estudar gênero, sem entender que há relações de poder, datando a humanidade em dois polos. Já Butler (2008), os corpos são pensados, primeiramente, como uma construção cultural, a partir de um discurso pré-concebido, isso também acontece quando se pensa em “sexo” como algo natural. Na visão de Swain (2001:17-18), “a importância dada ao sexo, ao aparelho genital, na positividade e divisão da sociedade é ela mesma uma criação histórica e social”.

Quando o propósito é realizar uma análise sobre as “mulheres” dessa época, o uso dessa ferramenta possibilita uma melhor compreensão do meio social, ou seja, incluir as mulheres na história, visando transformações sobre determinadas dimensões da sociedade que se encontravam invisibilizadas, dando suporte a presença delas como agentes sociais. Para Popinigis - em sua entrevista com Isabelle Pires - quando o instrumento relacional é colocado em trabalhos como esse, isso dá margem a uma melhor investigação sobre as relações entre homens/mulheres, mulheres/mulheres e homens/homens, pois aonde houver sujeitos sociais, haverá gênero. Ao inserir esse tipo de análise, amplia-se a perspectiva histórica e o conhecimento sobre grupos como a classe trabalhadora.

Por muitos anos, a historiografia teve dificuldade de englobar qualquer tipo de ocupação na classe denominada trabalhadora, não olhavam para as prostitutas e para os/as caixeiros/as como campos profissionais. Para as investigadoras Popinigis e Schettini (2009), a não integração dos/as mesmos/as nessa classe, sugeriria a existência de uma exploração injusta, indigna, degradante, ou seja, um “ideal da escravidão”, dando margem a uma perspectiva violenta de exploração. Traduzindo, quando as mulheres eram empregadas em estabelecimentos como cafés, bares, ambientes de diversões noturnas, passavam a ter uma reputação questionável, indentificadas como “mulheres da vida”. Afastados do viés do trabalho, tanto um quanto o outro, os/as caixeiros/as e as prostitutas conectavam-se, entre a sociabilidade popular e o campo da história do trabalho.

“Abordar as prostitutas e os trabalhadores do comércio em conjunto é, portanto, em estratégia que nos leva a trabalhar na interseção da história do trabalho e da cultura dos trabalhadores, enfatizando a dimensão de suas vidas e ações que foram fundamentais para a articulação de certas identidades de classes. (SCHETTINI; POPINIGIS, 2009:60).”

A reforma urbana abordou a questão do branqueamento daquela sociedade, instigando um sentimento racista, cada vez que uma prostituta branca ou escrava branca, muitas vezes de origem europeia, mantivesse um relacionamento com homens de “outras raças”. Para Caulfield (2000), naquela época, existiam dois polos: a cidade aspirada pelos brancos e a instituída pelos negros. O que se temia era uma “mistura promíscua”, por consequência do fluxo de imigrantes na cidade, muitos indo morar nos cortiços juntos com os escravos libertos.

Na visão das pesquisadoras Popinigis e Schettini (2009), a figura da prostituta branca foi fundamental para a definição das identidades e da sociabilidade entre os membros masculinos da elite recém-formada. Para Caulfield (2000), a prostituição era um trabalho feminino altamente hierarquizado. As prostitutas europeias e de alta classe eram, em sua maioria, protegidas por homens muito influentes na cidade. Ao contrário do que acontecia com as brasileiras e estrangeiras pobres, sendo que muitas das mesmas traficadas da Europa Oriental. Um outro ponto mencionado, gira em torno das mulheres “caixeiras” que trabalhavam no âmbito público e que, assim como as prostitutas, sofriam vigilância policial, por possuírem uma imagem questionável. As mulheres empregadas no âmbito privado, não tinham sua reputação e honra sob suspeita pela sociedade, por não possuírem autonomia, entretanto, muitas delas eram submetidas a abusos físicos e sexuais por seus patrões.

A prostituição, apesar de ser um empecilho para a honra da sociedade, médicos e autoridades policiais viam-na como necessária, mesmo que isso implicasse na possibilidade de haver doenças contagiosas, morais e físicas. A polícia passou a delimitar as áreas para sua permanência, levando-a para bem longe das famílias honestas. O propósito aqui era não pôr em xeque a ordem social e sexual da família, sendo um dever do governo agir em sua defesa. Para Caulfield (2000), a reputação do Brasil era atrasada, tornando-se uma ameaça a sua soberania.

“A crescente intervenção do Estado na vida urbana e nas relações de trabalho afetou de modo direto e violento a vida das prostitutas que ocupavam cômodos no centro da cidade – e dos diferentes trabalhadores no comércio que estavam ligados a elas de várias formas. A partir dos últimos anos do século XIX, esta intervenção traduziu-se numa crescente autonomia policial para controlar a visibilidade, localização e costumes destas mulheres, o que terminou afetando não apenas suas vidas e formas de trabalho, como também a de seus vizinhos e clientes. Até o fim do século 19, era comum encontrar prostitutas às janelas de casas localizadas nas proximidades dos teatros e principalmente nas ruas por onde passavam os bondes. Estas ruas foram as primeiras a sofrer com as expulsões policiais, com o intuito de organizar a separação entre as prostitutas e as “famílias honestas”. Olhando mais de perto, porém, fica evidente que havia acordos que organizavam a divisão do espaço urbano e mesmo do espaço interno das casas, nos quais os comerciantes da região, donos das casas de cômodo, exerciam um papel crucial. (SCHETTINI; POPINIGIS, 2009:63).”

A famosa reforma do Prefeito Pereira Passos foi considerada por Nicolau Sevcenko (2003) como espetacular, pois o embelezamento da região só foi propício quando se retirou as pessoas consideradas imorais do centro, pois a presença delas, significava uma afronta às famílias burguesas. Popinigis e Schettini (2009) atentam que o “bota-baixo” desarticulou a sociabilidade urbana, com políticas envolvendo espaços em proximidade com as moradias coletivas. As casas de comércio, teatros, casas de prostituição são exemplos desses espaços.

Ambas as pesquisadoras apresentam um tempo de perdas para alguns grupos sociais, a retirada de privilégios dos trabalhadores do comércio e das prostitutas foram algumas dessas perdas. A imigração europeia gerou um grande impacto para a ocasião, principalmente nas relações sociais locais. Como dito antes, havia uma alta hierarquia entre as prostitutas, conectadas com uma complexa construção de estereótipos. Traduzindo, as prostitutas elegantes e de bons modos eram em sua maioria francesas, enquanto as polacas e brasileiras eram as miseráveis e vulneráveis. No comércio, a hostilidade era voltada para os/as caixeiros/as brasileiros/as ao contrário dos portugueses/as.

As mulheres que trabalhavam no comércio, reivindicavam seu espaço, sua autonomia, e também o respeito quanto ao seu trabalho. A violência contra a mulher, principalmente sobre as que trabalhavam nessa área, eram justificadas para o Estado como forma de colocar a mulher em seu devido lugar, controlando seu comportamento, a fim de proteger sua honra perante a sociedade. O Estado se limitava quando tinha que interferir na vida privada, mesmo que tal situação fosse levada ao tribunal. Para Maluf e Mott (1998), esse recurso de coerção física à figura feminina era frequente até nas classes mais altas, como forma de controlar as transgressões das mesmas. Essa “proteção” do homem a sua família e a sua mulher era cabível tanto como costume, quanto legal. O código civil de 1916 que dava à figura masculina o poder de exercer controle a sua mulher quando cabível.

“Pesquisas registram que o marido, tal como um pai, se sentia no dever de punir com violência sua esposa quando desobedecido. Embora nenhum código permitisse ou sequer revelasse tais agressões, estas se davam sob a proteção de regras do costume. A violência só era vista como selvageria e brutalidade quando exercida diante dos considerados pelas classes médias e altas como seus iguais, ou daqueles que privavam com o casal. Dessa categoria estavam excluídos, por exemplo os empregados domésticos, tratados como inferiores não como iguais. (MALUF; MOTT, 1998:377).”

Gênero e Trabalho Feminino
Quando se trata da urbanização do Rio, o que se tem é o nascimento de uma “nova mulher”, aquela que passou a investir em sua carreira e aos poucos foi deixando de lado o casamento como objetivo de vida. Tais valores progressistas, iniciaram avanços em diversos campos, inclusive o social e o familiar. Na Revista de História da Biblioteca Nacional (2015:28),”com a ‘nova mulher’, a relação patrimonial passaria por profundas mudanças: surgiria o ‘novo homem’ e uma relação baseada no companheirismo, na qual os dois dividiriam os trabalhos domésticos e as contas.”. Todavia, o problema desse avanço estava sob outra ótica, a questão acerca da respeitabilidade de sua presença na esfera pública.

As mulheres que possuíam uma estirpe mais baixa e que precisavam “ganhar a vida”, muitas delas eram solteiras. De acordo com Del Priore (2013), elas gostavam de estudar, de passear, de se divertir e de trabalhar. Isso incentivou em um maior controle aos “comportamentos femininos” pelos mais conservadores da sociedade, havia uma forte vigilância sobre a reputação das mesmas. A historiadora Fabiana Macena (2010) aponta que com a instauração da República em 1889, esses “comportamentos” receberam uma atenção um tanto privilegiada, sendo controlados e fiscalizados pela sociedade.
Havia o mesmo ideal burguês para essas mulheres de segmentos médios e baixos, considerava-se que as “mulheres honestas” não deveriam sair só, mas sim acompanhadas, ou seja, existia uma enorme preocupação quanto à moralidade, sendo a rua vista como um espaço de “desvios” e “tentações”. Na visão de Muniz (2006), as “mulheres honestas” poderiam vir a se tornar as “mulheres perigosas” que ameaçavam à moral, e também os bons costumes. Aquelas que fizessem parte do mundo do trabalho realizavam um movimento perigoso por receber tamanha visibilidade pública. Elas deveriam manter seus papéis tradicionais no meio doméstico, pois só assim se manteriam a salvo dos perigos que a modernidade trouxe para o ambiente social. Para os tradicionalistas, o sucesso do processo civilizatório no âmbito público dependia do resgate aos valores familiares no meio privado.

No ponto de vista de Soihet (2017), a mulher em si é identificada por seu sexo ou por sua posição social, graças a dominação familiar e social. Resumindo, as mulheres passavam por uma repressão a todos os seus impulsos e desejos em defesa da honra, enquanto os homens teriam liberdades quanto ao seu sexo e virilidade. A violência pela qual as mulheres - de qualquer grupo social - passavam era física e simbólica, o seu comportamento era ditado perante o corpus social, transformando-as em figuras passivas.

De acordo com Rago (2017), O trabalho feminino no Rio e no início do século XX era exercido em setores desqualificados, com baixas remunerações e péssimos tratamentos, principalmente quando o serviço era realizado por mulheres negras, destituídas de dignidade e cidadania. Essa mão de obra extremamente barata, devia-se também ao fato da instituição da ideologia de embranquecimento da raça.

Para a sociedade daquela época, o trabalho feminino promoveria a destruição do seio familiar e o afrouxamento dos laços familiares, graças as facilidades do mundo moderno. No mesmo espaço, para Rago (2017), as mulheres identificadas como caixeiras ficariam lado a lado com as mais ricas, pois ambas pertenciam ao mesmo contexto e atingidas pelo mesmo receio quanto à sua honra no âmbito público. Temia-se que o amadurecimento e fortalecimento da emancipação feminina, acarretasse em uma ruína social, em virtude da perdição moral. A urbanização e a industrialização alavancaram novas atuações do público feminino. A figura feminina moderna foi marcada como “indesejável” e “temida” quando colocada condizente ao mesmo espaço masculino e excludente.

O feminismo implementado no Brasil no final do século XIX e início do XX, mesmo não sendo encarado como um movimento em si, pregava pela liberdade da mulher por seu corpo, seu trabalho e sua cidadania, como o direito de votar e de ser votada. A Belle Époquecarioca foi palco de um conflito de gêneros, raças e classes entre homens e uma minoria de mulheres consideradas feministas por ocuparem o espaço público e o mercado de trabalho. Isso proporcionou com que as mesmas pertencessem ao grupo mais combatido e ameaçado no meio social carioca. Essa discussão é viável para este trabalho, pois implica na capacidade delas em se configurarem em um espaço que deveria ser também seu, com autonomia, respeito e liberdade, tal qual era identificado na figura masculina. Desde os primórdios dos tempos, essa questão do espaço causou uma enorme limitação sobre a figura feminina, não dando oportunidade a mesma de escolher aonde gostaria de ficar.

“As relações entre homens e mulheres deveriam ser, portanto, radicalmente transformadas em todos os espaços de sociabilidade. Num mundo em que mulheres e homens desfrutassem de condições de igualdade, as mulheres teriam novas oportunidades não só de trabalho, mas de participação na vida social. A condição feminina, o trabalho da mulher fora do lar, o casamento, a família e a educação seriam pensados e praticados de uma maneira renovada. (RAGO, 2017:597).”

Conclusão
Em suma, o gênero aparece como uma categoria útil trazendo consigo uma reflexão sobre a vinda de novos hábitos e indagações. Sendo assim, não se pode questionar a importância acerca do estudo sobre a presença feminina no mundo do trabalho, na época em que o Rio de Janeiro passou por uma transformação urbanística, ideológica e higienista. O gênero surge como uma ferramenta capaz de redefinir e reestruturar o sexo, a classe e a raça. Esses três pontos organizam as desigualdades de poder, principalmente em um espaço que era predominantemente masculino.

Referências

Laíne Soares Mendes é mestranda em história na UFRRJ; graduanda em pedagogia na UNIRIO; e, atualmente, Professora de Inglês no Colégio Silva e Souza.

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Um comentário:

  1. Olá, Boa tarde.

    Esse período de mudança urbanística, ideológica, higiênica na qual o Rio de Janeiro passou fez parte desse processo a separação das prostitutas dos lares de família, onde o Estado agiu firme nesse quesito, mas trazendo para atualidade vemos que nos centros urbanos as prostitutas permanecem em locais mas afastados, com isso podemos afirma que é reflexo desse momento histórico ?


    Gizelle Ribeiro da Silva

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